domingo, 27 de julho de 2008

Nome Próprio - O filme

"Algumas vezes quebram-me as pernas, chutam-me a cara, pisam-me os dedos.
Eu sobrevivo.
Tenho sobrevivido sempre.
Sou marcada.
Sim.
Mas faço valer cada uma das minhas cicatrizes. "


Quem dera eu chegue neste entedimento sobre a vida.

Eu... que nunca... nem de leve... ousei tocar na vida.

Domingo

Madrugada ...

Não conseguia dormir e o lençol da cama, vítima sempre da minha inquietação de menina ansiosa, ficou revirado. Mesmo com o edredom eu sentia frio. Era o matelassê do colchão.
Meu beliche. Durmo embaixo e me sinto num quadrado. Vejo o estrado e conto as ripas. Elas não marcam peso algum. Minha irmã prefere o sofá da sala. Acho que não gosta de dormir nas alturas. Ela é pé no chão. A cama de cima deve conter suas ilusões de alto que ela prefere não confiar. Faz bem! Elas me invadem na cama de baixo e me deixam no ar.

Me sinto no quadrado. Quadrado mágico! Esquife.
Que me transporta para noites de descanso. E desassossego.
Uma câmara que mantêm duas temperaturas: descanso e desassossego ."E eu no meio disso tudo, sem saber” (é o que canta o Paulinho Moska no mp3).

O fato é que eu só queria dormir. E não conseguia... Noites sem norte!
São incontáveis, imutáveis e suplicáveis.
Perco as contas: dos carneiros, das músicas do mp3, das ripas do estrado de cima, do lagrimejar dos olhos e da contenção do mesmo, da perda do ar, de quantas vezes roço os pés um no outro: meu transtorno obsessivo-compulsivo _ graças a Deus ou ao Diabo _ inventaram esse nome que explica tudo o que não te explicação.

Em várias noites me TOC. Compulsivamente!

Acontece sempre ...

Não consigo dormir.
Me pesa ficar acordada. Quero dormir infinitamente!
Deitar o corpo e deixar ficar. Estático!

Só acontece o peso. O silêncio.

Quero, mas tenho náusea no sono. Acordo!
Acontece, e tenho cansaço do peso. Não durmo!


Meu TOC.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Estou de Férias... e silencio tudo na vida!

O telefone toca enquanto me arrumo afim de pôr o meu cartaz na rua (esse termo será muito usado aqui, embora não queria ser redundante)

Após 3 tentativas eu acabo vendo o silencioso celular piscando ... olho o número e não conheço!

Não gosto de atender números que não conheço e sei de um monte de gente que não gosta!

Motivo:
agências de cobrança, amigos-mala, vontade de não falar!

mas era de Santos ... Humm

_ Oi, Ju . Até que enfim! (me diz o amigo Ricardo) ... Tenho um convite pra te fazer?

_ Qual?

_ Quer trabalhar na equipe técnica do Festa 50 anos?

Festa = Festival de Teatro de Santos.

... num momento onde a minha dignidade foi pregada no poste de uma indignação... fico feliz!

A frase que sempre me martela: o trabalho dignifica!
Como uma espécie de prêmio de consolação. Não! A certeza de que amanhece sempre!

pra valorizar o passe:

_ Só preciso ver como me acertar no trabalho aqui! _ essa resposta embora não pareça é sim !

E daí eu entendi...
O Teatro ... maior amor na minha vida ... a minha verdadeira vida ... nunca me abandona!

Sou digna de novo! Como no AA: Só por hoje!



Ah! Tbém odeio atender o celular pelas manhãs ... não importa qual o número do identificador!

Preciso mudar esse hábito!

Cartaz

Cartaz: s.m. Papel que se afixa nas paredes ou lugares públicos, anunciando espetáculos, produtos comerciais, ou contendo qualquer informação de que se quer que o público tome conhecimento. // Bras. Ter cartaz: ter fama, prestígio. // Fazer cartaz: ter sucesso. // Fazer o cartaz de alguém: elogiá-lo e dar-lhe meios de conseguir renome. // Rasgar o cartaz de alguém: falar mal, destruindo-lhe o prestígio.

na: em (preposição) + a (artigo definido feminino) : Expressa interioridade

Rua: s.f. Via pública urbana, ladeada de casas, prédios, muros ou jardins. // As casas que margeiam essa via. // Em jardins e hortas, espaço livre entre canteiros, por onde se circula. // Estar ou ficar na rua da amargura, estar (ou ficar) mal de vida, passar por um período difícil//Exprime despedida violenta e grosseira: fora daqui!, saia!, suma-se! Pôr na rua: dar liberdade, soltar; despedir//Sair à rua: a) vir à rua atraído por algum acontecimento extraordinário que nela se passa; b) aparecer aos olhos de todos.

Cartazista
s.m. e f. Artista especializado na concepção e confecção de cartazes.

Sem significação a vida sempre segue!

"Ainda que todas a janelas se fechem é certo, meu filho: Amanhece!" Hilda Hislt te ouso cantar.

Cantar
Como a rotina consumista de se colocar na rua sempre o cartaz do que não se é ...
do que se quer acreditar...

Marketing! ... Merchan ... Venda! de mim: por favor cerra os meus olhos e cala.

Anuncio o silêncio:

"Silêncio é a ausência de defesa! Não o quero!
Não ataco também!
Não existo e silencio... e tenho medo.
Por isso te escrevo.
Com o medo estranho de repetir o mesmo não olhar da despedida .
A mão no rosto.
O_ Por favor, uma corrida até ...
Uma saída que não canta os pneus, a não ser na minha carne e que marca.
Despedida de mim.
Do eu mentira.
Eu inocente e culpada .
Eu te querendo vida e morrendo por isso.
Eu ausência de signo.
Eu medo"


Juliana...eu te mato... e te renovo ... e não ouso te cantar... eu te grito!
Coloco o teu cartaz na rua.
Espaço e anúncio das palavras malditas... mal ditas... e foda-se todo o resto.

Venda nos teus (meus) olhos.




Não será um espaço de poesia, pois não sei escrever!
Será um espaço do que pulsa em meu coração, do que nunca precisou obedecer estilos de linguagem ... mas um dia os vai aprender.

Intensa! Sou intensa e ponto(.) final.