quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Ambição...

Querer... Quero e ponto.

“Quero ir bem alto... bem alto
com a sensação saborosa de superioridade
é que do outro lado do muro
tem uma coisa que eu quero espiar...” Patrícia Galvão

Eh! Pagu, Eh! Musa do Movimento Teatral Santista. Modernista, Guerreira...Inspiradora.

Musa que desde domingo embala as emoções (minhas).
Musa que me emprestou palavras de uma poesia lida.
Palavras tão minhas que eu não sabia. Palavras tão suas que ouso apoderar-me delas.
Roupas e chapéu.
Fotos de exposição que por um instante foram como se fosse a minha própria vida.
Musa que encoraja.

Desejo hoje a mesma coragem, a mesma prisão e a mesma liberdade que fizeram de Pagu a sua maior obra.

“_Desabotoe minha gola". Últimas palavras que representam, no seu sopro, o último grito por liberdade. Grito meu... ainda preso na garganta.

Hoje, sua figura, eternizada em um troféu de honra ao mérito está em minha estante. Tenho duas inclusive: uma branca e outra em dourado.
Elas olham pra mim... velam o sono sempre inquieto. Acordo. Desejam-me “_Bom Dia”
...
e às vezes penso em perguntar _ O que tem de bom?_

Mas hoje tudo é mais do que ornamento esperando a poeira do tempo.

Aqui em casa, na estante: duas Pagus e tantas outras obras-troféus.
Encaro o que representam... me encaro!

Me alegro e me devolvo ao meu objetivo único: o desafio de ser o que eu não sou.
Alegria que descobri? Não me deixar ser o orgulho!

Orgulho de quê?

Mas Pagu não veio só em forma de glória. Pagu veio para me chamar à atenção:
_Menina, Acorda! A vida ta ai! Viva!
Ok! Pagu já entendi!

Preciso desabotoar minha gola. As mangas da camisa. O botão da calça... E deixar o corpo ser livre! E alma também!


Quero... e ponto(.)final

["ponto(.)final" de novo]