O que desejo e a inconsciência de meus passos! E quero agora! dê-me!
Quero agora e desesperadamente não saber para onde vou.
e sem itinerário
sem norte algum: chegar a um destino.
Destino qual?
Minha ânsia? Uma náusea que Sartre nenhum pode curar.
Preciso. Urgente... deixar vagar o corpo entre os calçadões,
encontrões e esbarrões em postes.
tatuar marcas disformes a cada chaga.
Correr
Deixar o corpo cair de joelhos
despencar e ao chão ficar ... olhando as estrelas.
silenciar o pensamento.
Recolher as vontades e regressar à casa
e ao chegar à porta: fugir ...
por que não quero prisão: desejo o ar!
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Ao chegar no limite de si, geralmente, caímos. No cutucão que a canseira nos dá; no clamor que a falta de energia nos impõe, aos pedaços padecemos. E renascemos. E erguemo-nos de si mesmo, para superar tais crises. Disso, reaparece de algum lugar a energia capaz de renovar o sonho de nos manter vivos. Forte abraço!
Seu inventário de palavras
é rico, extenso e intenso.
Juliana não foge à regra
nem enfastia o leitor,
sua poesia surge de maneira
enfática, ou particularmente feliz.
Parabéns!
Leonardo Só
Postar um comentário